O avanço da tecnologia e sua importância no comércio exterior
A tecnologia sempre esteve no centro de todas as mudanças significativas no mundo empresarial.
Seja através da invenção de uma nova máquina, do descobrimento de um novo método ou do surgimento de novas ideias, o fator tecnológico sempre exige das empresas a adaptação e compreensão das transformações que estão ocorrendo.
Vamos descobrir nesse artigo, quais os principais avanços tecnológicos relacionados à área de comércio exterior e entender a sua importância para todos os atores ligados a ela.
Vamos juntos?!
As empresas envolvidas no comércio exterior sempre tiveram que lidar com desafios relacionados a quatro (04) aspectos principais: desafios comerciais, fluxo de informações, documentação exigida e conformidade fiscal/aduaneira.
Vamos nos fundamentar nesses 4 pontos para analisar com mais clareza a importância dos avanços tecnológicos no comex.
A tecnologia e os desafios comerciais.
Por natureza, o comércio internacional é uma estratégia empresarial que busca lidar com a competitividade comercial.
Seja para diminuir custos e aumentar qualidade através da importação, ou para adentrar outros mercados através da exportação, o comex é poderosa válvula comercial para qualquer empresa.
Alguns avanços tecnológicos que têm proporcionado importantes resultados são os ambientes virtuais de negócios internacionais, ferramentas de análises de dados e automatização de procedimentos comerciais.
Hoje é possível localizar e se conectar com fornecedores e clientes em qualquer lugar do planeta. Isso se dá por conta da conectividade que os ambientes virtuais de negócios proporcionam aos seus envolvidos.
Desde uma simples busca em sites de pesquisas sobre determinados produtos ou segmento de atuação em regiões distantes, até a inscrição em sites que funcionam como vitrines comerciais internacionais, a tecnologia ampliou o leque e a velocidade de busca por fornecedores/clientes em um nível nunca visto antes.
Outro aspecto tecnológico de grande impacto no comex: as ferramentas de análises de dados têm sido utilizadas para traçar estratégias de mercado, medir performances comerciais e avaliar com mais assertividade os serviços prestados.
Percebe-se inclusive um grande “boom” nesse quesito, com o surgimento de diversas tech–companies especializadas em dados de comércio exterior. Com essa ferramenta em mãos, as empresas conseguem analisar, por exemplo, os volumes movimentados de determinado produto, rotas comuns de potenciais clientes, avaliar o desempenho dos principais concorrentes, as possibilidades são infinitas.
Outro importante movimento tecnológico percebido nas áreas comerciais de empresas de comex foi a adoção de procedimentos automatizados para aquisição de novos clientes.
Há ferramentas que possibilitam o disparo de e-mails em massa, respostas automatizadas e a geração de demandas espontâneas a partir do investimento em mídias especializadas de comércio exterior, colaborando para o fortalecimento da marca da empresa e gerando novas oportunidades.
A tecnologia e o fluxo de informações
A qualidade e a velocidade das informações compartilhadas sempre foi um ponto central na rotina de quem atua no comércio exterior.
Dados relevantes das mercadorias comercializadas, status das operações e notificações necessárias sempre foram um desafio para profissionais de comex.
Hoje esses profissionais têm obtido o auxílio de complexos sistemas automatizados que levam as informações necessárias de uma ponta a outra em uma velocidade e segurança que somente máquinas especializadas conseguiriam realmente fazer.
Além da velocidade na distribuição dos dados, o advento das big datas em redes blockchain possibilitou a centralização de informações em portais únicos de consulta, facilitou o acesso e diminuiu a possibilidade de fraudes nas operações.
Hoje, um trabalhador de linha de frente no comércio exterior se preocupa apenas em gerenciar as informações transmitidas, sem a necessidade de se ocupar com questões manuais como redigir e-mails de acompanhamentos operacionais, por exemplo.
A tecnologia e a documentação de comex
Sabemos que operações de comércio exterior exigem uma carga alta de comprovações documentais por conta de uma série de fatores legais nos países de origem e destino das cargas.
Duas grandes dificuldades sempre foram a confecção destes documentos e a necessidade de coletar assinaturas dos responsáveis envolvidos.
Atualmente, graças à a evolução dos softwares de gestão de comex, toda a documentação pode ser confeccionada digitalmente, muitas vezes sem a necessidade de intervenção manual. O responsável pela documentação necessita apenas garantir que as informações que constam nos documentos são factíveis e conferi-las antes de liberar para próximas etapas.
Outro importante avanço é a aceitação de assinatura digital nos documentos, diminuindo assim a necessidade de várias impressões e o tempo de liberação da carga já que não é preciso ir atrás dos responsáveis signatários.
A tecnologia e a conformidade aduaneira e fiscal
Por se tratar de movimentações de mercadorias entre diferentes países, as operações de comércio exterior demandam um alto rigor de fiscalização e exigências legais.
Players do comércio exterior estão cientes de que a conformidade fiscal e aduaneira de suas operações é um dos principais fatores de risco em seus processos.
Por isso, alguns recursos tecnológicos são muito utilizados para auxiliar nessa busca pelo compliance aduaneiro total.
Um recurso muito utilizado são os bancos de dados de produtos movimentados pela empresa, facilitando assim as declarações exigidas pelos órgãos fiscalizadores.
Outro importante recurso tecnológico são os sistemas de gerenciamento de comércio exterior que possuem integrações com os portais dos órgãos anuentes, diminuindo assim a possibilidade de fraudes e erros nas informações prestadas.
Essas plataformas de gestão de comex são parametrizadas por seus desenvolvedores para atender as exigências legais de cada operação. Questões como padronização de documentos, detalhamentos de informações, recolhimentos de impostos envolvidos, classificações fiscais de mercadorias etc., são algumas das dores de cabeça que as plataformas de comex se propõem a resolver.
Além disso, é importante destacar que a questão tecnológica dentro do comércio exterior tem sido fortemente liderada pela autoridade aduaneira máxima no Brasil, a Receita Federal Brasileira – RFB.
Nos últimos anos, a RFB promoveu marcos tecnológicos importantes para a área que simplificaram os processos e alavancaram as mudanças na estrutura tecnológica dos stakeholders.
Começando pelas exportações, a RFB promoveu uma série de mudanças através da criação das declarações únicas de importação e exportação (DUE e DUIMP).
Essa mudança centralizou as informações aduaneiras e fiscais de maneira que todos os registros de informações e declaração de impostos são feitas no Portal Único de Comércio Exterior (Siscomex).
Além disso, a RFB vem buscando promover a integração entre o Siscomex e os diferentes portais de órgãos anuentes como ANVISA, MAPA e INMETRO, por exemplo.
Essa centralização faz com que empresas ligadas ao comércio exterior consigam se estruturar para atender às exigências de uma forma muito mais organizada, segura e eficiente, se valendo do auxílio de todos os recursos tecnológicos possíveis para isso.
E então? Gostou de conhecer um pouco mais sobre as questões tecnológicas do comex?
É provável que vejamos cada vez mais novidades nesse aspecto e precisamos com certeza estar preparados para todas as mudanças que ocorrem, diariamente.
Continue nos acompanhando e aproveitando nosso conteúdo.
Até o próximo artigo.