Quais são as principais etapas do processo de exportação no Brasil?

O Brasil é um país continental situado na América do Sul que possui 220 milhões de habitantes. É o quinto maior país em território do mundo, a décima maior economia (com base em seu PIB) e um excelente local com solo fértil e espaço de sobra para produzir praticamente qualquer coisa, seja vegetal ou animal – o que o torna uma potência na exportação de alimentos.

O Brasil tem trabalhado na facilitação do comércio exterior e isso faz com que o país sul-americano seja superavitário em sua balança comercial, graças também à quantidade enorme de commodities exportadas todos os anos e diversos incentivos do governo para que as empresas passem a exportar.

Importar do Brasil é uma excelente alternativa para empresas que buscam sair do eixo Ásia-Europa, por um lado por conta da grande variedade de produtos, desde proteínas, grãos, celulose e até frutas, mas também por ser um país que conta com diversos produtores de um mesmo item, sem deixar o importador refém apenas de uma empresa produtora.

FLUXOGRAMA EXPORTAÇÃO

Antes de iniciar uma importação do Brasil é preciso entender como a exportação lá funciona. O idioma é o português brasileiro (apesar de muitas pessoas acharem que é o espanhol por causa do resto da América do Sul que quase toda fala o idioma).

A cultura é caliente e receptiva, ou seja, o povo brasileiro gosta de conversar, receber, se reunir, abraçar. Por isso é bastante comum que o exportador ligue muitas vezes, queria encontrar o importador, compareça a feiras de negócios, então: prepare-se.

A exportação no Brasil não precisa de autorização do governo na maioria das vezes, exceto quando há algum produto que não possa deixar o país por motivos de força maior, como aconteceu no mundo inteiro com produtos relacionados à luta contra a COVID-19.

Não há tributação para exportação de produtos do Brasil, com exceção do imposto de renda que é calculado sobre o lucro que a empresa vendedora obterá sobre a receita líquida gerada na venda do produto.

Busca por fornecedores, inspeção e negociação

Para encontrar fornecedores no Brasil até é possível fazer buscas em sites como Alibaba, mas eles não estão tão presentes no mercado brasileiro como estão na Ásia. Por este motivo, existem associações e consórcios de empresas que mantêm grupos de trabalho para divulgar os nomes de empresas que queiram exportar. Câmaras de Comércio de países podem ser bons locais, além das feiras e eventos específicos.

É viável realizar inspeção em fábricas e produtores brasileiros, embora alguns setores em que o Brasil é líder na exportação (como a carne, por exemplo) já contam com equipes cujo conhecimento em mercados mundiais é vastíssimo e que atestam que os produtos brasileiros atendem aos requisitos dos países mais exigentes, seja na questão sanitária ou religiosa.

 

Burocracias, documentos

Como qualquer lugar do mundo, o Brasil possui legislação própria para a exportação. Os documentos solicitados são bem comuns, mas há alguns outros específicos, como o desembaraço de exportação, por exemplo. Veja alguns:

INVOICE e PL

É necessária uma Invoice e um Packing List para realizar uma exportação no Brasil. Lá o PL é chamado de Romaneio de Carga.

BL, AWB

Bill of Lading e Airway Bill são necessários na Exportação, mas podem ser emitidos de maneira eletrônica, caso o país de destino aceite esse método. O e-BL também pode ser utilizado.

DUE

DUE é a Declaração Única de Exportação, que foi implementada há pouco tempo no país e já conseguiu reduzir drasticamente o prazo que uma exportação leva para ser liberada pela Receita Federal brasileira. É um documento eletrônico, simples, que copia a nota fiscal – documento já emitido para a venda internacional.

Logística Internacional

Quando se fala de exportação logo se pensa em carga. Quando se coloca um produto em análise, o próximo pensamento é voltado para a logística internacional. Por ser um país gigantesco, o Brasil tem dezenas de portos e centenas de aeroportos de todos os tamanhos, incluindo o porto e o aeroporto mais movimentado da América do Sul.

É necessário negociar bem com o exportador quem pagará pelo frete e ficará responsável por ele, já que um frete saindo de Manaus, norte do país, ou de Santos, região sudeste e porto mais movimentado, pode custar o dobro de diferença, além dos riscos e distância envolvidos – uma vez que Manaus tem uma estrutura bastante precária se comparada a Santos, portanto fique atento a estes detalhes.

Coleta

A coleta no Brasil não é um desafio difícil, apenas é um serviço caro. O país é repleto de rodovias e o transporte rodoviário é seu principal modo de transporte. A frota de caminhões é suficiente e não se leva muito tempo para encontrar disponibilidade para um carregamento.

Frete Internacional

Existem muitas alternativas de frete internacional saindo do Brasil, tanto no modal aéreo como no marítimo, além do rodoviário para a América do Sul. No modal marítimo a escassez de espaço e equipamento são constantes há anos, e a pandemia de COVID-19 só tornou a situação ainda mais caótica.

No modal aéreo e rodoviário a situação é mais tranquila, contudo, a oferta de espaço não é tanta e os aeroportos mais utilizados, que são Guarulhos e Viracopos, sofrem constantemente com a falta de janelas para agendamento de entrega de carga.

Entrega

A entrega no Brasil é relativamente simples e há um porto ou aeroporto próximo a cada estado. Os estados que não são litorâneos conseguem facilmente utilizar os portos mais comuns, como é o caso de Minas Gerais, um dos maiores estados do Brasil em relação ao PIB e que não possui oceano ao seu redor. Os exportadores dessa região utilizam Rio de Janeiro ou Santos como porto de escoamento.

Conclusão

O Brasil é um país com forte movimentação comercial na exportação e pode ser uma excelente fonte de renda de empresas que buscam diversificar mercados, fugir de sazonalidades, ou até mesmo desenvolver uma parceria duradoura aproveitando um dos tantos acordos comerciais que o país tem para incentivar a exportação.

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